domingo, 26 de março de 2023

4 - Curtindo o 20

 Por Leda Chaves

Capítulo 4


Margarida começou a trabalhar na prefeitura, no departamento que aprovava projetos. Depois, devido ao seu perfil detalhista, foi transferida para outro departamento, onde teve a oportunidade de trabalhar com geoprocessamento, num projeto de placas com nomes de ruas. Nesse projeto

sábado, 25 de março de 2023

O Processo da Maledicência

Por Leda Chaves

Pluma,

Origem:https://www.flickr.com/photos/elbeewa/9107544566/


Outro dia, um de meus contatos virtuais de uma rede social postou a seguinte frase: “O invejoso inventa história, o fofoqueiro espalha e o idiota acredita”, originada na página Honra & Sabedoria. Eu repostei porque achei que alguém tinha conseguido resumir muito bem o processo

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

A chuva de ontem

Por Leda Chaves

Ontem, quando saí para ir ao pilates, chovia e ventava. Chovia uma chuva grossa, daquelas em que as enxurradas correm nas sarjetas como correm os rios caudalosos, sobre pedras. Ali dava pra ver a importância de manter as sarjetas livres de obstáculos como pedaços de concreto e tijolos advindos de reformas, lixo de toda espécie sem falar em interrupções criadas por rampas de acesso a garagens. Eu moro num morro de ventos uivantes e a velocidade que as enxurradas adquirem aqui é bem alta. Se o caminho destinado a elas está obstruído, acabam por invadir as vias e as calçadas. Foi isso que eu vi: pedaços de concreto, lixo, rampas de garagens sem tubos de drenagem. Nesses pontos, a água era obrigada a fugir de seu curso planejado.

Eu vi também, a meia altura, no muro da entrada da garagem de um edifício, uma drenagem pluvial com saída retangular de onde a água da chuva fluía como uma cachoeira, igual a essas de piscinas. A água fustigava a calçada e depois escorria para a sarjeta, não dando outra opção ao caminhante senão enxarcar o pé. Mesmo passando nas pontas dos pés, a velocidade da água encarregava-se de fazê-la alcançar o interior dos tênis. Por causa da água que fugia pelas tangentes dos movimentos circulares das rodas dos carros que passavam em alta velocidade, não pude andar no asfalto para contornar a tal cachoeira. O resultado é que enxarquei os dois pés. O vento também se encarregava de levar os pingos da chuva para as minhas pernas e braços.

Continuei a minha jornada solitária e cheguei ao pilates. Quando tirei o tênis vi que as meias estavam mais molhadas do que eu pensava. Quando eu pisava no tatami, deixava a marca úmida dos meus pés. A professora reclamou e disse que eu poderia tirar as meias, se quisesse. Eu me recusei porque ia sentir frio e sujar os meus pés. Fiquei com as meias úmidas e elas foram secando enquanto eu me esticava e exercitava os meus músculos.

Quando a aula de pilates terminou, as meias já não estavam tão molhadas e tinha parado de chover. Calcei meu tênis molhado e fechei a minha sombrinha que pus no bolso externo da mochila. Passei na padaria ao lado e comprei pão francês fresquinho. Voltei para a casa pelo mesmo caminho, só que agora, em vez de descer, eu subia os três morros. Enquanto caminhava, pude apreciar as árvores. Parecia que elas estavam cantando e dançando. Pareciam também mais verdes, limpas, frescas. Comecei a imaginar a alegria que deve ser para elas, tomar um banho daqueles, principalmente porque vivem numa metrópole onde a poluição do ar é alta. A poeira preta que flutua aqui tinha sido lavada e bem lavada. Do frescor eu percebia um alívio e um relaxamento. Lembrei da sensação de tomar um bom banho ao final de um dia quente.

Bairro Buritis, Belo Horizonte
Depois da chuva - Bairro Buritis
Belo Horizonte
Flor
Flor - Bairro Buritis
Belo Horizonte

Segui subindo os morros, um a um, olhando para as árvores que adornavam o caminho. Elas estavam felizes e eu também. Agora, o que me inundava eram sensações boas demais. Era como se a chuva tivesse nos preparado para uma nova etapa.

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Mulheres da Vila

Por Leda Chaves


Grupo Mulheres da Vila

Sob a coordenação da Comunidade Maloca, o projeto Mulheres da Vila começou em 2006, com as mulheres da Vila Apolônia. De lá para cá,

domingo, 21 de agosto de 2022

3 - Curtindo o 20

Por Leda Chaves

Capítulo 3


Em abril do ano seguinte, Margarida começou a procurar trabalho. Até que, em junho do mesmo ano, recebeu, de uma colega que trabalhava na prefeitura, um email sobre um Processo Seletivo Simplificado da Secretaria de Regulação Urbana da Prefeitura Municipal